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Governo de Estado é desumano - servidores doentes precisam viajar até a Capital para fazer perícias médicas



O SINDCOP participou na manhã do dia 12 de abril, de uma audiência pública que discutiu a falta de local e de profissionais para fazer perícias médicas de servidores públicos de Bauru e região, a mudança de prédio do Ceama (Centro de Atendimento Médico Ambulatorial) do Iamspe, de Bauru e a falta de atendimento as gestantes pelo instituto, que ocorrerá a partir de 1º de maio.

A audiência foi realizada na Câmara de Vereadores de Bauru, porém contou com a presença de apenas três vereadores. Na região de Bauru trabalham cerca de 30 mil servidores públicos.

Estavam presentes os vereadores Chiara Ranieri (DEM), Fernando Mantovani (PSDB) e Fabiano Mariano (PDT). Este último foi quem convocou a audiência a pedido de representantes da Apeoesp.

Também participaram da audiência Sylvio Micelli, presidente da CCM (Comissão Consultiva Mista) do Iamspe, a presidente e o vice-presidente da CCM – Bauru, Idenilde da Conceição e Carlos Alberto Romacho. Este último é também vice-presidente do SINDCOP.

Situação desumana
A principal reclamação dos servidores foi sobre a extinção do atendimento do médico-perito em Bauru. O médico que atendia todos os profissionais de Bauru e região se aposentou e o Estado não nomeou outro em seu lugar.

Agora, para fazer perícias médicas o servidor doente tem que se deslocar até São Paulo. A centralização das perícias na Capital é considerada um ato desumano praticado pelo governo de Estado, já que servidores com problemas graves de saúde não tem possibilidade de viajar até a Capital.

Além de ser obrigado a fazer a perícia em São Paulo, o Estado se recusa a fazer o pagamento da diária para o paciente e acompanhante. Ainda, se o servidor não estiver afastado do trabalho, o dia de ausência para realizar a perícia é considerado falta.
“ A situação é muito difícil. Quando tínhamos um perito já era insuficiente, imagine agora que os servidores doentes tem que se deslocar para São Paulo? Fizemos vários pedidos para a Secretaria de Gestão, para que resolva o problema, mas nenhuma resposta foi satisfatória”, disse a diretora estadual da Apeoesp, Susi da Silva.

Além da falta de perito, os servidores reclamaram sobre a possível transferência do atendimento do Ceama de Bauru para uma sala localizada no Edifício Comercial Garden, próximo a Praça da Paz. Os servidores são contra a mudança porque consideram o mesmo inadequado para o atendimento médico.
“Queremos que seja feita a reforma conforme foi prometido pelo governo”, disse a presidente da CCM-Bauru, Idenilde da Conceição.

Outro problema apontado pelos servidores foi sobre o atendimento de gestantes oferecido pelo Iamspe de Bauru. As gestantes deixarão de ser atendidas pela Maternidade Santa Isabel a partir do dia 1º de maio quando a Famesp passa a gerenciar totalmente o hospital. Isto porque, o contrato da Famesp como o governo de Estado impede o atendimento de convênios. Se a gestante quiser ser atendida pelo Iamspe ela terá que viajar até Agudos, ou aceitar ao atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde).

Contra a parede
O presidente da CCM do Iamspe, Sylvio Micelli, disse que em contato com representantes do governo de Estado foi informado que a contratação de novo perito esta atrelada a mudança de prédio do Ceama.

Segundo ele, o prédio onde funciona o Ceama está em péssimas condições e seria necessário cerca de R$ 900 mil para reforma, dinheiro que o Estado não quer dispor. Mudando o atendimento para o Comercial Garden haveria, no local, uma sala específica para perícias.

Sobre o atendimento das gestantes ele informou que “por enquanto” as servidoras serão atendidas pelo SUS.

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