Anuncios

Visit Namina Blog

A Copa do Mundo e a Cultura Popular



A Copa do Mundo e seu papel na cultura popular

O futebol apesar do passar dos tempos mantém uma importância significativa na vida das pessoas. Em cada lugar do mundo, o futebol tem sua relevância e seu espaço na vida dos cidadãos. Este esporte mobiliza povos e nações como talvez só as religiões e guerras tenham conseguido ao longo da história.

Por Guilherme Travassos*

Divulgação
  
Sabendo disso, vamos nos debruçar sobre a Copa do Mundo especificamente, este momento tão sonhado por todos os países do globo, a festa do maior esporte do planeta e um dos maiores encontros culturais de todo o planeta. Na Copa do Mundo de futebol, temos em contato diversos países e costumes do mundo inteiro, relembrando o caráter popular, democrático e acima de tudo plural do futebol. 

Historicamente o futebol alimentou diversas famílias de trabalhadores mundo a fora. São centenas de casos de clubes formados por trabalhadores, operários, tribos indígenas e que levam para dentro de campo suas tradições, lutas e costumes. Assim como nos clubes, o esporte cumpre esse papel social também em suas seleções, representando e defendendo o povo de seus respectivos países. As seleções nacionais, são um dos maiores objetos de orgulho nacional em qualquer lugar do planeta, e são importantes instrumentos de diálogo com a população e de defesa da política nacional.
 
Com o passar dos anos, o futebol e a Copa do Mundo se elitizaram, passaram a girar muito dinheiro, e foram aos poucos excluindo cada vez mais o povo e deixando de lado o seu papel de reforçar a integração dos povos, a pluralidade cultural e a socialização. Se de um lado, os comunistas enxergavam o futebol como instrumento de organização da classe trabalhadora e de defesa dos valores revolucionários e patrióticos como era o caso da seleção nacional da URSS, do outro lado estavam os capitalistas e liberais, debatendo a elitização do esporte, o esvaziamento do debate político, o fair play, a integração “comercial” entre os povos, e um pacifismo esvaziado de debate político para vender jornais. Na prática, a FIFA e a Copa do Mundo passaram a ser propagadoras das políticas liberais  e imperialistas da ONU.
 
Sabendo desse panorama, como nos portarmos diante deste evento? Bom, se tratando de Brasil especificamente, qualquer posicionamento anti-nacional e anti-copa se mostra anti-povo e pequeno-burguês, como mostrou a copa de 2014. Mesmo com a elitização e um afastamento da Copa e da própria seleção de seu povo incentivado pela própria CBF, o povo ainda tem a seleção como um símbolo importante e ainda a reinvindica. É importante entendermos que a seleção do Brasil, e o futebol brasileiro, são símbolos nacionais em disputa. Símbolos de nossa cultura e força, que vem sendo entregues ao mercado internacional, gerando milhões de lucros a empresas americanas.
 
Portanto, devemos sim, torcer para a seleção, acompanhar a Copa do Mundo, ir às ruas, mas com consciência, fazendo um debate de forma franca, profunda e sincera. Brasil sim, CBF e FIFA jamais! O futebol precisa servir a seu povo, precisa ser popular e agregador.  A Seleção Brasileira, precisa representar e ter contato com o povo brasileiro, representando um futebol democrático, plural e politizado sim, porque não? Com ligas nacionais fortes, estádios cheios, populares, clubes com atuação nos bairros e no dia-a-dia das pessoas, com projetos sociais e culturais nas periferias, gerando emprego, eventos, produção de cultura, bem-estar social e alegria para nossa gente. Ou seja, queremos que a seleção seja realmente brasileira. Torcer pelo título de 2018 e debater fraternalmente com o povo na rua é um passo primordial para esta construção. Rumo ao Hexa! FORA CBF! FORA TEMER!
 


*Guilherme Travassos é carioca, estudante de educação física e torcedor do Bangu

Nenhum comentário:

Obrigado por participar.

Tecnologia do Blogger.